São as mais prevalentes entre as Doenças Inflamatórias Intestinais, as quais estão inseridas no espectro das doenças auto-imunes.
O mês de maio marca a campanha de conscientização sobre as doenças inflamatórias intestinais: maio roxo.
Os sintomas mais comuns a esse conjunto de doenças são: diarreia (com muco e/ou sangue), dor e desconforto abdominal. Podem ser acompanhados de emagrecimento, anemia, sensação de fadiga e prostração. Como existem outras doenças que podem cursar com um ou mais dos sintomas acima descritos, é fundamental a avaliação por um especialista – Coloproctologista ou Gastroenterologista – que seja referência no diagnóstico e tratamento das Doenças Inflamatórias Intestinais.
Além dos sintomas abdominais, existem as chamadas manifestações extra-intestinais (MEI), dentre as quais as mais comuns são: poliartralgia (dores articulares de pequenas ou grandes articulações – dedos das mãos, punhos, cotovelos, ombros, joelhos e tornozelos), sacroileíte ( inflamação do sacro – osso no final da coluna vertebral), uveíte (inflamação ocular), lesões de pele (pioderma gangrenoso, eritema nodoso), colangiíte esclerosante( afilamento dos canais de bile dentro do fígado).
A prevalência dessas doenças no Brasil é de 12 a 55 casos a cada 100 mil habitantes. A incidência é de 7 novos casos por ano a cada 100 mil habitantes.
O que causa essas doenças?
Os últimos estudos apontam para causas multifatoriais: genéticas, ambientais, alimentares, alteração da flora intestinal, entre outros. O hábito de fumar (tabagismo) está envolvido na piora da Doença de Crohn.
Qual faixa etária é atingida?
Podem ocorrer desde a infância até a idade adulta jovem, de modo mais frequente, o que, entretanto, não exime que surjam casos novos em pacientes acima dos 50 anos de idade.
Qual é o tratamento?
Primeiramente, é preciso dizer que se tratam de doenças crônicas, ou seja, não existe, ainda, cura definida para elas. O tratamento envolve medicamentos de alta complexidade (imunobiológicos), corticoide, imunossupressores, salicilatos. Alguns pacientes irão precisar de tratamento cirúrgico associado à conduta clínica, em função das complicações advindas da intensidade e das consequências acumuladas das doenças
Maio Roxo: divulgue, faça parte dessa corrente de informação e apoio.
Maria Bernadette Zambotto Vianna
Médica – Coloproctologista CRM 83319
Membro da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, com título de especialista Colonoscopista.
Atuando em cirurgias colorretais, desfuncionalidades do trato gastrointestinal, doenças intestinais inflamatórias (Crohn e Retocolite).