Acerte na Profissão – Edição 53 (Dezembro 2019)

Além do conhecimento técnico, competências socioemocionais para a vida

Por qual motivo nos últimos anos tanto tem se falado em competências socioemocionais? Por que o tema inteligência emocional está entre os mais buscados por pessoas que buscam se diferenciar na vida profissional e ter mais equilíbrio nas suas relações interpessoais?

Um olhar mais profundo sobre as reais necessidades do ser humano, que vão além do conhecimento intelectual e cognitivo, tem sido cada vez mais discutido entre educadores e profissionais que atuam com desenvolvimento de pessoas e de carreiras.

O fato é que a visão sobre o aprendizado apenas das competências técnicas da área do conhecimento nas escolas e universidades não estão suprindo as necessidades comportamentais necessárias para o sucesso nas relações humanas – tema que mais impacta os bons resultados dentro das empresas. A falta de cooperação, empatia, trabalho em equipe e foco na solução, por exemplo, são questões bem desafiadoras do mercado de trabalho.

Sabemos – por fontes de diversas pesquisas – que as empresas contratam pelas competências técnicas, mas demitem pelo mau comportamento. E esse é um dos principais motivos que os olhares se voltaram tanto para a inteligência emocional e as competências socioemocionais (ou soft skilss). E a urgência em tratar desses temas dentro do ambiente escolar nos levou à reforma da BNCC (Base Nacional Curricular Comum).

Segundo Amanda Viegas em seu artigo “Qual a importância do trabalho das competências socioemocionais dos alunos?”, a nova BNCC tem como principal objetivo destacar a importância de se trabalhar não apenas o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, mas também a sua dimensão socioemocional, a fim de garantir uma formação integral que os prepare para os desafios do século XXI. O trabalho das competências socioemocionais ajuda os alunos a desenvolverem características importantes, como a empatia, a comunicação, a resiliência, a coragem e a comunicação, essenciais para o sucesso no mercado profissional e na sociedade.

Dentre as principais competências exigidas pela BNCC muitas estão intimamente relacionadas às habilidades socioemocionais. Quero aqui destacar algumas que acho bem relevantes de acordo com Paty Fontes, em seu livro “Competências socioemocionais na escola”.

Compreensão das relações do mundo do trabalho e tomadas de decisão alinhadas ao projeto de vida profissional, pessoal e social.

Argumentação com base em dados, informações e fatos confiáveis para negociar, formular e defender pontos de vista e ideias.

Autoconhecimento e reconhecimento de suas emoções e das outras pessoas com capacidade de lidar com elas e com a pressão do grupo.

Exercício de diálogo, empatia, cooperação e resolução de conflitos, fazendo-se respeitar e promover respeito ao outro.

Ação pessoal e coletiva com responsabilidade, autonomia, resiliência, flexibilidade e determinação.

Abaixo as principais vantagens que o aluno alcançará ao desenvolver a sua Inteligência emocional e as suas habilidades interpessoais no ambiente escolar:

Através do autoconhecimento, identificar as principais habilidades e o perfil comportamental, o que impacta positivamente na sua escolha profissional e também no seu processo de autodesenvolvimento e melhora nas relações interpessoais;

 

Saber controlar melhor seus níveis de ansiedade e estresse;

Aprender a lidar melhor com discussões desnecessárias em seus relacionamentos aprimorando-os cada vez mais;

Ter mais empatia pelo outro e aumentar a sua habilidade de escuta ativa contribuindo para diminuição do bullying na escola;

Mais equilíbrio emocional para lidar com os desafios do dia a dia (resiliência); Maior clareza nos objetivos e ações (devido ao autoconhecimento);

Melhorar a administração do tempo e produtividade;

Aumentar o nível de comprometimento com suas metas;

Ter mais senso de responsabilidade e uma melhor visão do futuro;

Aumentar a autoestima e autoconfiança.

Hoje através do meu programa Jovens do Futuro “Desenvolvendo competências que fazem a diferença”, que realizo em parceria com o colégio Anglo de Paulínia, tenho como propósito olhar para os alunos com essa visão mais integral e, através das metodologias ativas (jogos e dinâmicas), desenvolver essas habilidades de uma forma mais leve, dinâmica, criativa e interativa. Os alunos que participam do programa validam a importância dos encontros e dos benefícios que levam para as suas vidas.

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