Fiel ao seu slogan, Mercedes-Benz atrai uma verdadeira legião de fãs pelo mundo todo, inclusive em Paulínia, onde encontramos um apaixonado assumido pela marca
DA REDAÇÃO FOTOS: FERNANDA MARQUES VALENTE
Com mais de 100 anos de história, detentora de incontáveis prêmios e considerada a marca mais inovadora e bem-sucedida do mundo automóvel, a Mercedes-Benz preza pela perfeição técnica, normas de qualidade e segurança, e ainda possui os carros mais lendários de todos os tempos.
Seria preciso mais que uma revista inteira para contar toda sua história e falar sobre as qualidades dessa marca alemã que possui uma enorme legião de fãs espalhada pelo mundo todo, inclusive em Paulínia, onde encontramos um apaixonado assumido pela marca, o colecionador Paulo.
Foi por acaso que uma Mercedes-Benz cruzou seu caminho, mas não foi por acaso que ela se tornou sua maior paixão. Treze anos atrás ele recebia uma Mercedes 280 S. Mod. W 116., ano 1975 como parte de uma dívida. “Ele saiu de casa para vendê-la e voltou sócio do Clube Brasil da Mercedes-Benz”, resume a história, rindo, a esposa.
Não foi amor à primeira vista, explica Paulo, que pegou o veículo em situação precária e começou a investir na restauração do carro no intuito de ter um retorno financeiro maior e, com isso, acabou se apaixonando pelo antigomobilismo e pela marca. “Depois que você dirige uma Mercedes, conhece sua história e seus princípios, nunca mais quer outro carro. A marca leva o slogan ‘O melhor ou nada’ e se compromete seriamente com isso. Ela está sempre na frente. Primeiro ela lança a novidade, depois os outros copiam”, afirma.
Coleção
Conforme foi reformando sua “Mercedes 75”, Paulo foi se envolvendo no mundo do antigomobilismo. Ele passou a frequentar feiras e encontros, fazer novos amigos e sua vida foi se voltando cada vez mais para esse universo. Por sorte, a família também gostou do seu novo hobby e o acompanhou nessa aventura. Ele ainda morava em outra cidade da região quando começou a se interessar pela compra e restauração de carros antigos e iniciou a coleção.
Vendo em Paulínia um excelente lugar para morar, em 2014 ele se mudou para cá e realizou o sonho de montar sua própria garagem para abrigar sua coleção que hoje conta com 11 Mercedes, fora os carros de uso diário do casal, que também são da marca. O colecionador recebeu a equipe da ZAP na sua garagem, onde ficamos horas escutando ele falar das curiosidades, peculiaridades e alguns fatos dos bastidores da gigante alemã.
O colecionador, inclusive, já visitou a fábrica da Mercedes na Alemanha e participou de vários eventos envolvendo a marca no Brasil e no mundo. A garagem é repleta de objetos e souvenires, desde copos de vidro onde bebemos a deliciosa água aromatizada que nos foi servida, até chapéus, chaveiros, objetos diversos e um enorme logotipo estilizado.
Ele explica que montou sua coleção no intuito de contar a história do pós-guerra da Mercedes-Benz, quando ela voltou a fabricar veículos depois de ficar anos voltada para a produção de equipamentos de guerra.
Cada carro de sua coleção tem sua história própria e um motivo para estar ali na sua garagem. Todos estão funcionando e requerem cuidados especiais e manutenções constantes.
Ayrton Senna
Quem vê a réplica da McLaren MP-4/6 na qual Ayrton Senna foi consagrado tri-campeão mundial pendurada na garagem do colecionador pode ficar em dúvida. “Mas tudo que tem aqui tem a ver com a Mercedes-Benz, te garanto”, justifica.
Resumindo o que ele nos disse, em 1986, quando Senna não era tão famoso ainda, ele foi convidado pela Mercedes-Benz para participar da apresentação oficial de lançamento do revolucionário MB mod. 190 E. “Era para ter sido o Emerson Fitipaldi, mas ele não podia e indicou o Senna”, acrescenta.
No dia da apresentação, toda a imprensa europeia estava presente, Ayrton Senna saiu da 15ª colocação e passou a podar todo mundo, brigando pela primeira colocação com Niki Lauda, vencendo a corrida e se destacando. “A partir desse dia ele foi garoto propaganda da Mercedes-Benz na Europa por um período e teve um elo forte com ela, só não corria com o motor da marca porque na época a empresa não fornecia equipamento para a Fórmula 1”, revela o apaixonado pela Mercedes-Benz.