POR JOSI CONTI
FOTOS: GUILHERME ZARZUR
Diversidade significa variedade, pluralidade, diferença. É um substantivo feminino que caracteriza tudo que é diverso, que tem multiplicidade. Diversidade é a reunião de tudo aquilo que apresenta múltiplos aspecto se que se diferenciam entre si.
A ideia de indivíduo já traz consigo a definição de que somos únicos, com nossas diferenças, e que o respeito acima de tudo deve ser praticado independente do que é considerado padrão, seja de comportamento, corpo, beleza,idealismos e crenças. Sendo a moda um meio de comunicação mundial, tentar esconder as diferenças para ser inserido na sociedade, é não respeitar, é fugir do incluir,do aceitar, entendimento de que existe espaço para todos, apesar de todas as diferenças.
As roupas feitas em série, sempre pensadas para aquele corpo, aquela pessoa, todo mundo achando que está diferente sendo igual. Não levam em consideração as diferenças. É aí que o mercado da moda veio perdendo e foi necessário acompanhar as pessoas reais e não as “perfeitas” das revistas.
O momento da moda é outro, as próximas gerações dos profissionais de moda já trabalham em cima disso, e os vanguardistas da moda precisam acompanhá-los para não ficarem para trás. Estamos na Terceira Evolução Industrial, onde a robótica tomou contado novo milênio, e essa geração quer saber de algo que os prenda, que seja inovador, que fuja dos padrões, seja estético, físico, mas que seja, visualmente muito diferente do que já viram.
Em uma entrevista, a modelo trans Hari Nef, que foi capa da revista Ellena edição de fevereiro, disse: “A moda é uma indústria poderosa porque tema capacidade de mostrar ao público o que é respeitável, o que é bonito, o que é sexy, o que é limpo, o que é inspirador. Não está sendo uma tarefa fácil, mas se todo mundo se engajar verdadeiramente nas causas que pretende representar em suas campanhas, desfiles e editoriais, é possível mandar mensagens extremamente poderosas e empoderadoras para uma clientela que está sedenta por saber se, ‘ser quem se é’, é algo ‘ok’”.
A marca francesa Vetements, no seu desfile de outono/inverno 2018, trouxe um dos castings mais diversos da temporada, incluindo pessoas comuns, não modelos, mas todos com características marcantes. Estereótipos foi o nome provocativo dado pelo diretor criativo da marca. No Brasil, a LAB, marca dos rappers Emicida e Fióti, que tem o estilista João Pimenta como diretor criativo, deu aula de diversidade com gordos, negros e pessoas reais, desfilando suas peças. Além de socialmente inclusivo, abraçar a diversidade é lucrativo para a indústria da moda.
A DIVERSIDADE dessa ensaio é da Agência de Modelos Luiz Filho, situada em Campinas, e trabalha perfeitamente bem esse nicho de modelos que o mercado passou a exigir desde então. Somos todos iguais com nossas diferenças! A beleza está no que somos,e não no que vemos.