Radar Fixo ou Móvel?
Para se prevenir de infrações de velocidade, saber como funciona os radares é quase uma obrigação de qualquer condutor. Afinal, pegar a estrada no Brasil sem cruzar por algum dos tipos de radares de trânsito é cada vez mais raro. Utilizados para coibir os excessos ao volante e proporcionar um trânsito mais seguro, os controladores de velocidade podem ser fixos ou móveis. Nesse segundo caso, o funcionamento de um radar permite flagrar veículos acima do limite estabelecido para a via mesmo a grandes distâncias. Ou seja, nem sempre tirar o pé do acelerador ao se aproximar desse tipo de equipamento evita a multa de radar.
VOCÊ SABIA QUE A MULTA POR EXCESSO DE VELOCIDADE É A MAIS APLICADA?
Você sabia que quase 60% das multas aplicadas nas rodovias federais brasileiras estão relacionadas ao excesso de velocidade? É o que consta no banco de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Não por acaso, o assunto chamou a atenção até mesmo da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo a entidade, o excesso de velocidade contribuiu para um em cada três acidentes nas estradas em todo o mundo. A questão é polêmica, mas as regras estão todas estabelecidas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Os limites de velocidade são definidos segundo as condições da via e da categoria de veículos, caminhões, por exemplo, devem trafegar em uma velocidade menor por causa de seu peso.
TIPOS DE RADARES DE VELOCIDADE
Para saber como funciona o radar móvel, é importante entender que ele não é único e que existem outros tipos de controladores de velocidade. O popular “pardal”, por exemplo, é um radar fixo, eles usam sensores eletromagnéticos no chão e fazem a aferição usando como base o tempo que o veículo demora para ir de um sensor a outro. Já o LIDAR (da sigla inglesa Light Detection And Ranging) é utilizado em um tripé junto ao tráfego e tem um alcance de até 2,5 km. Desse, é realmente difícil de escapar. Com relação à maneira como são posicionados, existem dois tipos de radar móvel. São os móveis por ondas luminosas (usado em um tripé e, por isso, ganha o nome de estático) e os móveis por ondas de rádio (que são portáteis e utilizados por agentes de trânsito). Ainda existem aqueles que são conduzidos dentro de viaturas em movimentos e os radares móveis portáteis chamados de pistola. Por via de regra, eles são acompanhados por agentes de trânsito. Mas também é possível utilizar um tripé. Mas como funciona o radar móvel do tipo pistola? Esse é o mais fácil de entender. O agente de trânsito aponta o equipamento para o carro e, se a velocidade for superior ao limite da via, a placa é fotografada. Quando o radar funciona via ondas de rádio, o alcance tem o limite de um quilômetro. Dessa forma, é possível autuar motoristas de 30 carros em apenas um minuto. O sistema LIDAR e os radares chamados de “pistolas” emitem um sinal (luz ou sonoro) que refletem no veículo e que retornam em uma frequência distinta. Isso permite descobrir se o motorista está trafegando em uma velocidade acima do permitido. Falta ainda falar dos chamados radares inteligentes. Você os conhece? São radares que usam a tecnologia OCR (reconhecimento óptico de caracteres, em inglês) e que utilizam a placa do carro para acessar o arquivo do DETRAN. Se houver irregularidades além da velocidade, o sistema indica para que o carro seja parado em uma blitz. Na teoria, o aparelho é saudado como uma arma educativa, capaz de disciplinar o motorista para que pratique velocidades compatíveis, dentro do limite de cada via. O que desagrada proprietários de veículos, no entanto, é a alegada “indústria da multa”, já que o aparelho arrecada valores altíssimos para os cofres públicos anualmente. Só em São Paulo, por exemplo, eram cerca de 900 radares em funcionamento até o final de 2016. Até mesmo a imprensa noticiou casos em que os radares de velocidade estavam sendo fraudados. Mas concordando ou não com os radares móveis, não se esqueça de cumprir as leis de trânsito.